O governador Fernando Pimentel (PT) nomeou a própria mulher, Carolina de Oliveira Pereira Pimentel, para o cargo de secretária de Trabalho e Desenvolvimento Social de Minas Gerais. A decisão foi publicada nesta quinta-feira (28/4), no Diário Oficial do Estado. Com isso, a primeira-dama de Minas passa a ter foro privilegiado no Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
Carolina é uma das investigadas na Operação Acrônimo, da Polícia Federal, que apura irregularidades na campanha do petista ao governo do Estado. A dona da agência de publicidade Pepper, da qual a primeira-dama seria sócia oculta, já teria feito um acordo de delação premiada. O empresário Benedito Oliveira, conhecido como Bené e dono de uma gráfica que prestou serviços em campanhas políticas do PT, está detido.
Governador indiciado
O governador mineiro foi indiciado em 4 de fevereiro por corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de influência. A defesa de Pimentel tentou anular a decisão e sustentava que, por ter foro privilegiado no STJ (Superior Tribunal de Justiça), o indiciamento não poderia ter sido feito pela Polícia Federal.
No entanto, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Celso de Mello manteve o indiciamento do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), ao negar a ação.
Pimentel foi indiciado em dois inquéritos diferentes. Em um deles, a Polícia Federal aponta que o governador teria participado de esquema para favorecer a montadora CAOA no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Ele comandou a pasta de 2011 a 2014, e foi sucedido pelo economista Mauro Borges, seu aliado político, também suspeito de envolvimento das irregularidades. Os dois negam, assim como a montadora.
A PF também indiciou Pimentel num segundo inquérito, desdobramento da Acrônimo, por crime de falsidade ideológica eleitoral.
Fonte: r7.com